Vamos ser realistas !

Eu pude ver teu olhar de perto, tua face em correção com a minha, nós dois ali lado a lado para uma conversa que eu dei o nome de minha decisão, um ponto final, ou talvez simplesmente o começo de tudo, já não posso dizer que tenho certeza, primeiramente eu lhe ouvi, mas não somente com os ouvidos, eu preferi tapá-los, eu te ouvi com o meu sentimento, meu interior, e quando eu precisei falar, falei como quem falava consigo mesmo para assim poder dizer tudo que ali estava engasgado, não vou mentir sobre meus sentimentos, enquanto eu lhe contava sobre minha vida, sobre meus passos, sobre o quanto era difícil aquela decisão a mim, eu só queria me calar, calar a você também, fazer o que meu corpo pedia pra eu fazer, mas eu mantinha-me em mente: - Vamos ser realistas, quando não dá mais é fácil perceber e se, se por acaso (não vai ser por acaso) tiveres que acontecer algo entre a gente, nem a conversa meio amarga que tivemos ontem lado a lado sentados no concreto fará diferença, simplesmente ela não significará nada, porque eu, eu bem sei que quando é pra ser é! E nada e ninguém impede isso, mas se não for então aqui recordo de uma despedida, como seria uma despedida de algo que nem começou e se bem, que quase começou, o que sei finalmente é que um sentimento verdadeiro não se cala da noite pro dia, e nem se adormece numa folha de papel como essa, o que aprendi nesse tempo todo com você e com a estrela que pude ver no céu enquanto conversávamos é que pode passar dias, horas, minutos, segundos, instantes, anos semanas, ou meses, quando o sentimento é verdadeiro ele não acaba, eis que somente só adormeça para mais tarde despertar do sono profundo ...