sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Eu


Eu desviei um pouco das regras, das ordens, e não cumpri tudo de fato que eu dizia que cumpriria, eu simulei atirar a primeira pedra, eu errei, concordei com tudo que eu deveria ter discordado, eu fui influenciada por quem jamais achei que um dia poderia ser, eu discordei dos amigos, eu não ouvi conselhos, eu tapei os ouvidos, os olhos; a mente! Eu só menti pra mim mesmo, tentei me enganar muitas vezes eu passei por cima de virtudes e demarquei meus anseios. Eu fui vitima talvez da minha própria existência, usei mascaras, fui atriz, interprete, figurante, eu acreditei que relembrar um passado pudesse me fazer feliz e que se espelhar em tudo que já havia dado errado poderia me trazer o certo ... Eu só fui andando cada vez mais e mais para traz, contei histórias, recitei poemas, escrevi livros, eu vivi, admito, não digo que me arrependi; pois é esta a minha existência, amei e não fui amada, deixei de amar ''será que amei mesmo?'' Construí castelos na areia que foram desmoronados com o tempo, eu só não perdi a fé, só não deixei de acreditar em Deus, me senti cansada, isolada, mal interpretada, quis voltar a ser criança, mas já quis parar o tempo na adolescência, de fato me sentia sempre viva, talvez as vezes meio adormecida, nada que um puxão de orelha não resolvesse, cai inúmeras vezes mas não mais do que sorri, por coisas simples mas úteis, jamais inúteis.
Sei que contaria outra vez todos esses versos baseados em fatos reais, sei que eu não deixaria esse espaço em branco, o bom é saber que eu sempre irei ter algo a contar, algo a escrever porque esse coração é um tanto cheio de memórias e não somente memórias boas, pois memórias boas não fazem história é preciso haver um pouco fora do normal, do comum, é preciso ter algo que se perdeu no caminho, aqui eu acho, eu encontro, eu reinicio, eu posso dar recomeço, palavras nunca ficam perdidas ... Bom é saber que depois de tudo isso eu encontrei meu verdadeiro amor!    

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